sábado, 23 de outubro de 2010

A um Estado D'Alma


Ser de sonho, de paixão, de encantamento, com a força do sol, do vácuo, da matéria e do éter. Ser perturbado...

Não sendo aparentemente real, é a parte mais real, porque é a que Vive.

Pura, verdadeira, intacta e inteira...
Surreal, irreal. Paira neste mundo numa dimensão paralela, superior.

Alma complexa, intrincada, solitária. Plena de luz e escuridão, som e silêncio, vida e morte.

Alimenta-se da intensidade das coisas vividas e sentidas.

Acesa pela Arte. Nada é vazio, nada é fútil.

Odeia banalidades. recusa concessões, ajustes forçados, tristezas acomodadas, mais-ou-menos ou assim-assim.

Procura incessantemente a essência do que vale a pena.

Busca sintonia no desassossego. Alma infinita, ilimitada.

Vive para a contemplação da Beleza. Espontaneidade prenha de liberdade e verdade.

Abraça a loucura e o turbilhão.

Quer ser tocada até ao mais íntimo da alma, fundir-se na vaga, fragmentar-se na vertigem da queda e reconstruir-se no instante seguinte.

Impossível resistir ao assalto de emoções.... Impossível evitar caminhar à beira do abismo, mergulhar na paixão, agarrar sofregamente cada faúlha de beleza.

Nada é equilíbrio, tudo é movimento acelerado em direcção aos extremos.

Efémera, deseja somente permanecer imaginada.

Não cala a inevitabilidade de tudo isto...

Renasce no local onde a espuma do mar e o sal se fundem.

É preciso renascer... em breve é preciso renascer.

O presente é este: sentir e viver mesmo que seja no gume afiado do inatingível.

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