Em memória de uma busca inacabada e de uma alma perdida...
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Uma nova visão...
http://www.fotothing.com/
Um lugar/ acontecimento que nos coloque em face de uma nova visão de nós mesmos e do que nos envolve, pela criação de uma relação intensa com o mundo.
N.R.
Um lugar/ acontecimento que nos coloque em face de uma nova visão de nós mesmos e do que nos envolve, pela criação de uma relação intensa com o mundo.
N.R.
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Geometria dos sentidos
Sei o que quero de ti: partilhar as visões de beleza e de escuridão. E sim, a infinita liberdade de quem sabe estar quase a tocar o divino. Essa é a matéria de que és feito.
Onde vês vazio, sinto plenitude; onde lamentas redundância, leio intensidade... A repetição das palavras, dos gestos, o pensar sobre o que já se pensou, fazer o que já foi feito, ver o que já foi visto...dependendo da sensibilidade e inteligência da pessoa, pode tornar-se a mais aborrecida das tarefas, ou uma explosão de fertilidade. Como espreitar pelas faces de um cristal, uma multiplicidade de perspectivas, jogos de luz e sombra, reflexões, refracções, geometria dos sentidos. Um universo em cada ideia, se a ideia contemplar o próprio universo. O gesto que abarca o mundo, se o mundo estiver contido na intenção do gesto. E os sentimentos maiores que a Vida...
Tu sabes tudo isto...
Preciso do teu regaço e do teu olhar.
Sim, o local onde a espuma do mar e o sal se fundem é meu...e teu...
Onde vês vazio, sinto plenitude; onde lamentas redundância, leio intensidade... A repetição das palavras, dos gestos, o pensar sobre o que já se pensou, fazer o que já foi feito, ver o que já foi visto...dependendo da sensibilidade e inteligência da pessoa, pode tornar-se a mais aborrecida das tarefas, ou uma explosão de fertilidade. Como espreitar pelas faces de um cristal, uma multiplicidade de perspectivas, jogos de luz e sombra, reflexões, refracções, geometria dos sentidos. Um universo em cada ideia, se a ideia contemplar o próprio universo. O gesto que abarca o mundo, se o mundo estiver contido na intenção do gesto. E os sentimentos maiores que a Vida...
Tu sabes tudo isto...
Preciso do teu regaço e do teu olhar.
Sim, o local onde a espuma do mar e o sal se fundem é meu...e teu...
domingo, 1 de fevereiro de 2009
há um tempo...
há um tempo para voar e um tempo para aterrar
há um tempo de mudança e há um tempo de estabilidade
há um tempo de tempestade e um tempo de acalmia
há um tempo para nos virarmos do avesso e viver tudo com intensidade até à saturação dos sentidos
há um tempo para não sentir
há um tempo de plenitude e um tempo de vazio
há um tempo para estar no olho do furacão e ser engolido por ele
há um tempo para admirar de fora a sua capacidade renovadora
haverá um espaço onde se cruzam? talvez...
há um tempo, algures no meio, para preparar o turbilhão
aprontar as asas para a largada e remendar as redes que nos apoiam na queda...
há um tempo de mudança e há um tempo de estabilidade
há um tempo de tempestade e um tempo de acalmia
há um tempo para nos virarmos do avesso e viver tudo com intensidade até à saturação dos sentidos
há um tempo para não sentir
há um tempo de plenitude e um tempo de vazio
há um tempo para estar no olho do furacão e ser engolido por ele
há um tempo para admirar de fora a sua capacidade renovadora
haverá um espaço onde se cruzam? talvez...
há um tempo, algures no meio, para preparar o turbilhão
aprontar as asas para a largada e remendar as redes que nos apoiam na queda...
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